Informações bibliográficas
Hoje vi... , Delia Steinberg Guzmán
Editora Nova Acrópole, 2025
218 páginas
Leitura Analítica
O que o livro trata como um todo?
O livro é um convite a reaprender a ver as coisas. É um alerta para não nos determos em olhares passageiros e rasos, para não perder a profundidade da vida que nos rodeia.
O que exatamente está sendo dito e como?
A autora nos traz setenta pequenos textos, setenta relatos de um olhar apurado e penetrante, nos convidando a olhar juntos para a mesma direção.
Qual é o julgamento que adotamos em relação às teses do livro?
O caleidoscópio de cores e imagens do mundo se torna mais próximo, mais terno e mais vivo. Não basta enxergar as coisas, é preciso estar atento para ver com os olhos da alma, para não perder de vista a essência e ir além das máscaras que cobrem a realidade profunda das coisas. A autora nos ensina que para ver as coisas é preciso criar um espelho interno, que reflita com fidelidade o que deve ser visto. O livro nos convida a ver, a voltar a ver, a vida que está desmoronando como um castelo de cartas e olhar para as lições que podemos encontrar até numa simples gota d 'água.
Qual a importância do livro?
Se aceitarmos o convite da autora e abrirmos os olhos, veremos e completaremos o livro com as nossas próprias percepções. “Hoje vi” vai ser o início de várias frases que diremos se estivermos atentos e despertos.
Excertos
Quero dedicar esse espaço a essas pequenas coisas, que são grandes quando penetram o coração… a essas coisas das quais pouco se fala, e em voz baixa, porque estamos na era do som exterior e do silêncio interior.
Ser mulher não é uma vergonha, nem uma dignidade excepcional. Ser mulher é ter compreendido o jogo de cores do arco-íris, realizar sua própria cor e sonhar com a luz branca, que é a síntese final.
Hoje vi uma multidão… Amanhã, talvez eu veja um homem… Mais adiante, é provável que todos juntos possamos ver uma Humanidade.
A fé é um ingrediente imprescindível nesse homem novo, que quer descobrir o enigma da vida e sabe que, para isso, precisará recorrer a novos e poderosos elementos que estão para além de sua mente, para além da sua compreensão limitada das coisas. Por isso desenvolve a fé. E por isso vi a mística poderosa desse homem novo.
Pois, propor uma vida vazia, onde não há Deus, onde a honra está fora de moda, onde as virtudes são obstáculos de uma moralidade retrógrada, onde a História é um incômodo e arte uma mera perda de tempo, equivale a propor a morte.