O heroi romântico
Belo Horizonte, 16 de dezembro de 2024.
Na edição da Revista Esfinge da Nova Acrópole, eu lia sobre três expoentes da época do Romantismo: Holderlin, Hegel e Beethoven. O meu contato com o tema do artigo era com este último: Beethoven é romântico ou clássico?. Como sempre, há uma maneira integradora de responder questões que dividem o mundo em classes e que deveríamos nos aproximar cada vez mais.
Enquanto ia refletindo, aproveitei o artigo para conhecer melhor o poeta Holderlin e conhecer melhor o filósofo Hegel. O artigo unia estes a Beethoven na busca do arquétipo do herói, cada um usando a sua linguagem própria: a poesia, a filosofia e a música. O destino precisava se cumprir, o homem tem que se elevar ao nível heroico. Hegel explica que a história universal é a exposição do espírito e Holderlin acrescenta que o sagrado se faz visível através do herói. Neste ponto eu voltei à questão citada antes, sobre como classificar a música de Beethoven, e percebi que tinha um aspecto muito mais profundo a ser descoberto.
Os homens estão sempre em busca de realizar algo, de produzir algo com o que fazem, nem que seja de forma inconsciente. Estes são os homens comuns. E o herói celebrado pelos românticos? Eles são os que sabem que são os agentes do espírito e que nos seus dramas heroicos conseguem cumprir com seu destino ao invés de buscar uma simples satisfação mundana. Eu entendi um pouco melhor o final da Nona Sinfonia de Beethoven.
Voltei aos meus referenciais musicais e complementei uma “anedota” musical que explica muito bem o caminho musical: se você quiser “falar” com Deus, ouça Bach; se quiser entrar em contato com os anjos, ouça Mozart; e se quiser despertar o herói no ser humano, ouça Beethoven.
Artigo da Nova Acrópole: https://www.revistaesfinge.com/2024/12/la-conciencia-del-heroe-beethoven-hegel-y-holderlin/