Um dos pilares fundamentais da transmissão de conhecimento é aquele que diz alguém que sabe mais sobre um determinado assunto ensina àquele que sabe menos. Apesar das ultramodernas propostas pedagógicas que valorizam outros aspectos do processo pedagógico, essa é uma verdade incontestável em um mundo que faz sentido: quem sabe, pode ensinar. Falta falar de um aspecto que nem sempre é considerado e que está presente em um ambiente de ensino muito particular, quando além de saber mais, aquele que ensina se sacrifica para transmitir o que sabe para o seu aluno.
Não basta ser conhecedor de determinado assunto para conseguir transmitir para alguém este conhecimento e aprendemos essa lição dos velhos mestres de filosofia e seus discípulos. É necessário criar laços que não sejam apenas intelectuais e estes laços são construídos com a generosidade do pedagogo. Saber o que falar não é suficiente, há que se falar da melhor maneira de falar para que o aprendiz possa receber, de acordo com a sua capacidade, algo que vai torná-lo melhor naquele assunto. Essa justa medida é uma virtude que está presente apenas naqueles que de fato dominam o assunto que estão lecionando e podem adaptá-lo e entregar a melhor lição para quem está aprendendo. Significa saber de verdade o assunto que está sendo ministrado e não apenas possuir uma bagagem intelectual. É um saber abrangente, fruto da vivência e da reflexão do conhecimento teórico.
Assim, com conhecimento e com envolvimento, acontece a transmissão da magia, o magistério. E quem de fato detêm alguma sabedoria, sabe que deve transmiti-la. Hoje, há muitos que ensinam mas não sabem, mas todos os que sabem, ensinam.