Buscar e enfrentar situações difíceis, defender causas nobres, apoiar e proteger as mulheres nas suas tarefas, reconhecer e atacar inimigos gigantes e invisíveis, sempre agir buscando a inspiração na beleza e na dignidade, não retroceder antes as dificuldades da vida, investigar e buscar modelos de referência para as nossas atitudes e estar sempre pronto a ajudar e agir pelas causas que sustentam sua vida. O enredo de Dom Quixote de Cervantes é um código de cavalaria para os tempos modernos. 

Os moinhos de vento que podemos encontrar atualmente são a inércia, a crítica, o materialismo, as mentiras, o egoísmo, a separatividade e o mundo artificial que vivemos hoje. A loucura do cavaleiro da triste figura é uma mensagem que nos lembra que a insanidade está na nossa maneira de viver atual. Precisamos nos armar para enfrentar os moinhos, precisamos reconhecer o elmo de mambrino e sustentar com bravura as nossas melhores convicções. 

Dom Quixote busca as lições dos cavaleiros mais nobres que existiram e não esquece do apoio e da companhia de um escudeiro que representa as demandas da vida cotidiana. Essa dupla vai percorrer os castelos, vai buscar aventuras, vai perder combates, será companhia em busca dos objetivos perseguidos. A fidelidade é sempre uma companheira no caminho. A amizade é essencial para o sucesso da caminhada. 

O reino de Dom Quixote não é deste mundo, é do mundo que desejamos. Sua vida, sua luta, sua obstinação, seus ideais são uma oração para a religião da vida. Ele serve ao Rei do mundo e vive o sonho do destino dourado da humanidade que virá. Enquanto o Rei não nos convocar para viver no seu castelo, para servir ao seu lado, o nosso papel é vestir a nossa armadura e viver a oportunidade de viver um cavaleiro andante nos tempos atuais.

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